ultima reunão do grupo completo

Diário de Bordo: Transamazônia QT Fortaleza

Em 2016, um grupo de trilheiros decidiu embarcar em uma aventura épica pela Amazônia. A jornada começou com um voo até Manaus, enquanto os carros eram transportados em cegonhas. O que se seguiu foi uma série de eventos que testaram tanto a habilidade quanto a resistência do grupo, proporcionando memórias inesquecíveis. Este artigo é uma compilação dos principais momentos vividos durante essa viagem extraordinária.

O Encontro dos Rios

Após dois dias e uma noite de viagem intensa e cheia de imprevistos, nosso grupo partiu do hotel em Manaus com uma sensação de expectativa no ar. Um dos carros havia sucumbido a problemas elétricos, mas isso não nos desanimou – pelo contrário, apenas aumentou a emoção da jornada. Deixamos o veículo para trás, como um soldado ferido no campo de batalha, e seguimos adiante com um misto de ansiedade e curiosidade.

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Ao chegarmos à margem do imenso rio Amazonas, embarcamos em uma balsa que mais parecia um navio de exploração, cruzando águas misteriosas que guardavam segredos antigos. A travessia durou cerca de uma hora, mas cada minuto parecia uma eternidade, enquanto os motores da balsa rugiam e o vento nos batia no rosto, trazendo consigo o cheiro úmido da floresta.

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Então, aconteceu algo que fez nossos corações dispararem. O encontro dos rios Negro e Solimões, um espetáculo que desafia a compreensão humana. As águas dos dois gigantes corriam lado a lado, sem se misturar, como se respeitassem uma linha invisível. Era uma batalha épica entre forças da natureza, e nós éramos os privilegiados espectadores.

Cerca de 70 quilômetros depois, paramos em uma fazenda isolada, no coração da floresta. O crepúsculo já se instalava, tingindo o céu com tons de laranja e roxo, e a fazenda parecia um oásis de tranquilidade. Mas sabíamos que a noite guardava surpresas.

Depois de abastecer, nos reunimos para preparar um jantar que não era apenas uma refeição, mas um banquete digno de exploradores destemidos. A carne assava sobre a brasa, e as conversas fluíam como o próprio Amazonas, cheias de histórias, risadas e um toque de mistério.

Mas a maior surpresa estava por vir. O morador da fazenda, um cearense de Aracati com o olhar de quem já havia visto e vivido de tudo, nos recebeu com uma hospitalidade que aqueceu nossos corações. Ele nos presenteou com um banquete inesperado: tucunaré frito e cozido, preparado com um toque de maestria que só alguém profundamente conectado à terra poderia oferecer.

À medida que a noite avançava, a fazenda ganhou vida com sons que pareciam sair diretamente de uma selva. Os roncos altos ecoavam na escuridão, e por um momento, todos nós nos perguntamos se algum predador noturno nos espreitava. Mas não havia onças à espreita, apenas o ritmo selvagem da noite, que embalava nosso descanso enquanto a floresta ao redor se preparava para mais uma madrugada de mistérios e aventuras.

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Essa era a Amazônia em sua forma mais pura: inexplorada, indomável, e cheia de segredos à espera de serem descobertos.

Espera e Decisões

O dia amanheceu calmo, mas havia uma tensão latente no ar, como se algo estivesse prestes a acontecer. Alguns membros do grupo decidiram aproveitar a tranquilidade para pescar, enquanto outros se dedicaram às tarefas diárias, cada um perdido em seus pensamentos. Mas todos sabiam que aquela paz era apenas a calmaria antes da tempestade.

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O verdadeiro desafio do dia girava em torno do carro do gaúcho. O veículo, resistente como o próprio dono, havia enfrentado problemas e estava atrasado, transformando nossa espera em um misto de ansiedade e impaciência. A decisão de dividir o grupo foi tomada com a precisão de uma estratégia militar. Seis carros seguiram adiante para Iguapoaçu, uma cidade pequena, mas que parecia o destino de uma missão secreta. O restante ficou para trás, aguardando a chegada do gaúcho, com a tensão aumentando a cada minuto que passava.

O tempo parecia brincar conosco, cada segundo se arrastando como se a própria natureza quisesse nos testar. Às 16h15, quando o sol já começava a descer no horizonte, o ronco do motor do carro do gaúcho finalmente ecoou no ar. Aquele som foi como uma trombeta anunciando o próximo ato da nossa aventura.

Sem perder tempo, nos apressamos para partir, cientes de que a estrada que nos separava dos outros era longa e traiçoeira. A vegetação densa ao redor parecia esconder segredos, e o caminho sinuoso exigia habilidade e concentração. Atravessamos rios caudalosos, enfrentamos trechos enlameados e desviamos de obstáculos naturais que surgiam sem aviso.

Cada quilômetro percorrido nos aproximava mais do reencontro com o restante do grupo, mas também nos lançava em uma jornada repleta de desafios. O cansaço era palpável, mas a adrenalina mantinha nossos sentidos aguçados, e cada curva na estrada revelava uma nova surpresa.

Finalmente, ao cair da noite, avistamos as luzes dos carros do grupo à distância. O reencontro foi marcado por um misto de alívio e excitação, como se tivéssemos acabado de sair de uma batalha vitoriosa. Mas sabíamos que aquela era apenas mais uma etapa de nossa jornada, e que a verdadeira aventura estava apenas começando. A estrada ainda guardava muitas surpresas, e estávamos prontos para enfrentar cada uma delas, lado a lado, como verdadeiros exploradores em busca do desconhecido. Finalmente depois de muita terra, quilômetros de asfalto esmigalhado, buracos e muita paciência, chegamos ao tão esperado Igapó-Açú! Atravessamos a balsa e fomos bem recebidos pelos proprietários do lugar . A noite foi terrivel, dormimos no chão do bar ou dentro de barracas, alguns preferiram dormir nos carros. Calor e muriçocas a floresta dando boas vindas , o banheiro um capitulo a parte, situado fora do bar depois de uma espécie de ponte, era um convite para darmos meia volta.Após o jantar, a base de peixe frito, Dormi ao som dos cururus dos roncos e dos engasgos da turma. Apesar da precariedade o lugar era mágico e estar lá um presente, o nascer do sol simplesmente incrivel.

Reencontro e Adversidades

Com o sol já alto e o calor da selva começando a nos envolver começamos os preparativos para retomar-mos o caminho. O encontro com os seis carros que haviam partido antes foi um alívio, mas também um lembrete de que estávamos todos em uma missão perigosa, onde cada quilômetro podia trazer uma nova surpresa. Havia um sentimento de camaradagem entre o grupo, mas também uma tensão palpável.

A balsa balançava suavemente sobre as águas escuras, mas nossos corações batiam acelerados. Havíamos enfrentado alguns sustos com os carros durante a noite – motores falhando, pneus furados, e um ou outro veículo atolado em lama espessa – mas, de alguma forma, a noite passou tranquila. O espírito de aventura nos mantinha unidos e focados, e apesar dos desafios, estávamos prontos para seguir em frente.

Nosso próximo destino era Humaitá, uma cidade cercada por mistérios e histórias de perigos incontáveis. No entanto, a estrada parecia conspirar contra nós. A viagem se arrastava em um ritmo excruciante, cada metro conquistado à custa de esforço e paciência. As dificuldades de uma BR totalmente destruída eram constantes, como se a própria selva estivesse testando nossa determinação. A cada falha no motor, a cada ponte precária que balançava sob o peso dos carros, sentíamos o perigo crescente, como se estivéssemos em uma corrida contra o tempo e contra as forças da natureza.

As pontes, muitas delas construídas às pressas e com tábuas envelhecidas, rangiam sob nossos pneus, ameaçando ceder a qualquer momento.Muitas delas tivemos que amarrar as vigas para deixa-las mais segura. Cada travessia era uma batalha entre a vida e o abismo, e nossos olhos não se desgrudavam da estrada, atentos a qualquer sinal de fraqueza na estrutura. A floresta ao redor parecia viva, observando-nos em silêncio, enquanto avançávamos lentamente. O mais interessante é que a vida nos via,ou seja éramos vistos mas não víamos os bichos.

Finalmente, quando a escuridão começou a tomar conta do céu, chegamos a uma antena da Embratel, uma estrutura solitária no meio do nada. Não havia conforto, não havia segurança – apenas uma pequena clareira onde podíamos estacionar e descansar. Montamos acampamento com o que tínhamos, improvisando camas com o mínimo de recursos disponíveis. O lugar não oferecia proteção contra os elementos, mas o bom humor reinava entre o grupo era o que esperávamos. Estávamos exaustos, mas a adrenalina ainda corria em nossas veias, e as piadas e risadas se misturavam com os sons da floresta noturna.A noite rolou uma churrasco regado a muita birita para relaxar. A nota foi um intruso no meio da noite, um animal grande entrou no nosso acampamento, ao amanhecer perguntamos , mas não tinha-mos ideia do que tinha acontecido, passou comeu o que quis e foi embora.Nota dois, um dos pilotos, nosso camarada perdeu a aliança, coitado tava ferrado.

Dormimos sob o olhar vigilante da selva, sabendo que o amanhecer traria novos desafios. Mas, por ora, estávamos prontos para enfrentar o que viesse, com o espírito indomável de aventureiros que não conhecem limites.

Desafios na BR-319

Saímos da antena da Embratel logo após um café rápido, ainda sentindo a adrenalina da noite anterior. O destino era a temida BR-319, com Humaitá à nossa frente como uma promessa distante, o espírito de aventura continuava a nos impulsionar. A estrada nos aguardava, e todos sabíamos que ela não seria generosa.

As quebras mecânicas continuavam a nos assombrar, como se os veículos estivessem travando uma guerra silenciosa contra nossa jornada. Mas o grupo estava afiado – cada falha era resolvida com rapidez e bom humor, como se cada problema fosse apenas mais uma parte do desafio. Era impressionante como a determinação e a camaradagem se entrelaçavam, transformando o que poderia ser um pesadelo em uma experiência inesquecível.

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No meio do caminho, cruzamos com nativos da região, que haviam montado um tipo de pedágio improvisado, uma tentativa de arrecadar donativos ou garantir sua sobrevivência em um lugar onde a modernidade parecia ter esquecido de chegar. Eram pessoas humildes, com os rostos marcados pelo sol e pela vida difícil. Aquela breve interação foi um lembrete de que estávamos cruzando terras que, embora selvagens, eram lar de muitos que lutavam diariamente para sobreviver.

A chuva, que tanto esperávamos para aliviar a poeira sufocante, ainda não havia dado as caras. A poeira era intensa, levantada como uma cortina de fumaça vermelha pela trilha. Sorte a minha estar a bordo de uma Mitsubishi L200 Triton – poderosa, firme, como uma fortaleza sobre rodas. Quem estava de jipe, por outro lado, literalmente comeu poeira, mascaras de poeira se formavam em seus rostos mal conseguindo enxergar o caminho à frente. A sensação era de estar em uma corrida, onde cada veículo tinha que lutar contra a própria estrada.

Chegamos a uma ponte precária, que parecia desafiar nossa coragem com cada tábua solta e cada vão entre as vigas. Em vez de arriscar uma travessia que poderia ser desastrosa, tomamos a decisão ousada de atravessar o rio por baixo da ponte. E foi aí que a verdadeira festa começou.

Atravessar o rio se transformou em uma batalha épica contra os elementos. Os atoleiros surgiam como armadilhas, sugando os veículos e desafiando nossa habilidade de escapar. A água corrente nos testava, tentando nos arrastar rio abaixo. Mas cada obstáculo superado era uma vitória, e as risadas e os gritos de celebração ecoavam pela floresta.

A travessia foi um espetáculo, um verdadeiro show de resistência e trabalho em equipe. A cada metro vencido, sentíamos a adrenalina subir, e o cansaço era substituído por um sentimento de conquista. Aquele dia, a estrada e o rio foram nossos inimigos e aliados, nos desafiando a cada instante, mas também nos brindando com momentos de pura euforia.

Chegar a Humaitá se tornou secundário – o que importava era o caminho, as histórias que criávamos a cada quilômetro e a certeza de que, juntos, éramos capazes de enfrentar qualquer desafio que a selva lançasse em nosso caminho.

Odisseia até Humaitá

Partimos às 10h, com o horizonte distante e um único objetivo em mente: chegar a Humaitá, 270 quilômetros à frente. O sonho de um hotel com água quente, camas confortáveis e ar condicionado parecia uma miragem no deserto. Ríamos da ideia, mas, no fundo, cada um de nós ansiava por esse pequeno pedaço de paraíso depois de dias de desafios implacáveis

A estrada, porém, tinha outros planos. O caminho se transformou em uma verdadeira odisseia, com problemas mecânicos surgindo a cada curva. Cada parada forçada para consertar um carro sobrecarregado pelas condições precarias e dificeis do caminho era mais uma prova de que aquela jornada não seria fácil. O tempo parecia escorrer por entre nossos dedos enquanto o sol descia lentamente, e a noite começava a envolver a floresta ao redor.

Às 20h, depois de enfrentar um atoleiro gigantesco que parecia engolir nossos veículos, chegamos finalmente à cidade de Realidade. O nome não poderia ser mais apropriado – era um lembrete cruel de que estávamos longe do conforto que tanto desejávamos. Mas Realidade nos ofereceu o que mais precisávamos naquele momento: combustível para os carros e comida para os corpos exaustos.

O restaurante onde jantamos era um posto de gasolina. A simplicidade do lugar contrastava com a grandiosidade da missão em que estávamos. Sentados em mesas de plástico, comendo refeições modestas, trocávamos histórias e risadas, cada um com suas cicatrizes do dia. Aquela parada era como um breve alívio no meio de uma tempestade, e sabíamos que a jornada estava longe de acabar.

Após o jantar, o grupo se dividiu. Alguns carros seguiram na frente, com a esperança de chegar a Humaitá o mais rápido possível, enquanto outros optaram por um ritmo mais lento, cuidando de veículos que precisavam de mais atenção. A estrada à frente era uma incógnita, cheia de promessas e perigos, mas estávamos prontos para enfrentá-la.

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Cada quilômetro que avançávamos era uma batalha conquistada. A noite era escura, e os faróis dos carros iluminavam a estrada como lanternas em uma caverna desconhecida. A floresta ao redor era silenciosa, mas o ar estava carregado de expectativa. Cada som, cada movimento, parecia amplificado pela escuridão.

Mas dentro de cada veículo, o espírito de aventura brilhava forte. Estávamos todos unidos pelo mesmo objetivo, pela mesma busca. E, apesar de todas as dificuldades, sabíamos que, quando finalmente chegássemos a Humaitá, não seria apenas a água quente ou o ar condicionado que celebrariam – seria a vitória sobre a estrada, a conquista de uma jornada que testou nossos limites e reforçou nossa determinação.

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Aquela noite, enquanto a cidade de Realidade ficava para trás e Humaitá ainda era um ponto distante no horizonte, a estrada tornou-se nosso campo de batalha, e cada um de nós um guerreiro em uma aventura que seria lembrada para sempre. Nota fizemos reserva do hotel com telefone via satélite, agua quente e ar condionado era coisa rara como não éramos os primeiros resolvemos improvisar.

Manutenção e Planejamento

Foi um dia de descanso merecido, um respiro antes de mergulharmos novamente na selva de desafios que a estrada nos reservava. Humaitá, com seu nome de origem Tupi-guarani, significando “A pedra agora é negra”, parecia um oásis de sombra e água fresca em meio à vastidão do interior do Amazonas. Mas, apesar da tranquilidade aparente, sabíamos que não poderíamos nos permitir baixar a guarda por muito tempo.

Pela manhã, decidi explorar a cidade. Humaitá era um lugar que pulsava com a energia da floresta ao redor, onde cada rua parecia contar uma história antiga. Caminhei por suas ruas, absorvendo a atmosfera e me aventurando a conhecer os cantos menos explorados. A cidade era simples, mas cheia de vida, e me deu a sensação de que estava prestes a descobrir segredos que só quem se arrisca fora do caminho comum pode encontrar.

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Enquanto isso, a equipe de mecânicos estava em uma batalha contra o tempo, realizando a manutenção dos carros que haviam sofrido com os rigores da jornada. A oficina improvisada virou um campo de guerra, onde o som de ferramentas e motores ecoava pela noite. Eles trabalharam incansavelmente, sem descanso, até as 3h da manhã, quando finalmente conseguiram colocar todos os veículos em condições de continuar a viagem. Fizemos um rápida aventura com destino a Manicoré, um “bem ali”de 268 km. Foi ótimo precisava-mos, almoçamos a beira do rio com botos cor de rosa e a floresta como companhia.

No dia seguinte, nos reunimos para decidir nossas próximas rotas. O destino final era Apuí, uma cidade a mil quilômetros de distância, uma travessia que planeávamos fazer em dois dias. Rafael e Pablo foram os primeiros a partir, embarcando na Pajero para testar suas capacidades depois das reparações. Eles eram como batedores, explorando o caminho à frente, prontos para sinalizar qualquer perigo que pudesse surgir.

Enquanto eles seguiam na frente, o restante do grupo se preparou para a próxima etapa. Às 10h, embarcamos na balsa que nos levaria ao outro lado do rio, prontos para enfrentar a longa jornada até Apuí. A travessia foi lenta, quase como um prelúdio sombrio do que estava por vir. Cada um de nós, imerso em seus próprios pensamentos, sabia que os próximos dias seriam um verdadeiro teste de resistência. A tensão no ar era palpável, enquanto as árvores da floresta se fechavam ao nosso redor, como se fossem guardiãs de um segredo que só os mais corajosos poderiam desvendar.

Quando finalmente deixamos a BR-319, a estrada se transformou em um lamaçal traiçoeiro. O que antes era um caminho desafiador agora parecia um pesadelo de barro e água. Nossos carros, equipados com pneus projetados para terrenos difíceis, lutavam para manter a tração. O volante se tornava cada vez mais difícil de controlar, e cada desvio parecia ameaçar nossa estabilidade.

O destino final, Apuí, ainda estava muito distante, quase como uma miragem em meio à selva implacável. A estrada prometia ser uma das mais difíceis que já havíamos enfrentado, e essa promessa estava sendo cumprida com cada metro que avançávamos. O barro grudava em tudo, transformando os veículos em verdadeiras feras encalhadas na lama, tentando desesperadamente seguir em frente.

A selva ao redor parecia viva, cada som amplificado pela tensão crescente. As árvores, altas e densas, pareciam sussurrar advertências enquanto passávamos. A natureza, imponente e indomável, testava nossa determinação a cada curva. O sol começava a se esconder, e a escuridão prometia trazer ainda mais desafios.

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Mas, apesar de tudo, havia uma excitação inegável no ar. Cada dificuldade era uma nova aventura, um novo obstáculo a ser superado. O espírito de sobrevivência e o desejo de conquista nos impulsionavam a seguir em frente, mesmo quando a estrada parecia impossível.

A jornada para Apuí não era apenas uma viagem – era uma batalha contra os elementos, uma dança perigosa com a natureza selvagem. E nós, determinados a não recuar, avançávamos com a certeza de que cada desafio superado nos tornava mais fortes, mais preparados para enfrentar o que quer que viesse a seguir.

A noite se aproximava, e a estrada diante de nós estava cheia de incertezas. Mas uma coisa era certa: estávamos prontos para enfrentá-la, com os corações cheios de adrenalina e a mente focada no destino que nos aguardava.

Problemas e Perseverança

A viagem para Apuí começou com uma promessa de aventura, e logo ficou claro que essa promessa seria cumprida. A poeira agora lama , sufocava os carros, pintando suas carenagens com uma tonalidade avermelhada do barro. hora a chuva ora a falta dela nos castigava, e a estrada, a única veia que mantinha as cidades da região abastecidas, estava em um estado deplorável. Os buracos eram mais do que simples obstáculos – eram verdadeiras crateras, prontas para engolir nossos veículos e testar nossa habilidade de continuar avançando.

Logo, enfrentamos problemas mecânicos que nos forçaram a improvisar. um dos carros, já exaustos pela jornada, foi obrigado a abandonar, o motor quebrou. A decisão de rebocá-los de volta a Humaitá foi difícil, mas necessária. Cada metro de estrada parecia exigir mais de nós, e os motores cansados não conseguiam acompanhar o ritmo.

O grupo, mais uma vez, teve que se dividir. Enquanto alguns seguiram em frente, rumo a Santo Antônio de Matupi – uma pequena cidade madeireira situada no km 180 da BR 230, e que, apesar de estar em uma Área de Proteção Ambiental (APA), era marcada pela atividade incessante de serrarias – outros ficaram para trás, para acompanhar o Troler de volta a Humaitá.

Aqueles que seguiram adiante encontraram uma estrada ainda mais desafiadora. Cada quilômetro parecia uma batalha, com a poeira transformando o ar em um manto espesso e as crateras obrigando a atenção constante. São Antônio de Matupi surgiu à distância, como um refúgio improvável no meio da selva. A cidade, pequena e envolta em uma aura de resistência, era o retrato de uma luta diária pela sobrevivência em um lugar onde a natureza e a indústria exploradora colidiam constantemente.

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Enquanto isso, o grupo que foi para Humaitá, rebocou o troler para a balsa, nossa primeira baixa. O tempo parecia escorrer lentamente, mas cada minuto era crucial. A tensão era palpável, mas também havia uma determinação feroz em cada um de nós. Sabíamos que essa era apenas mais uma parte da aventura, e que cada desafio superado nos levaria mais perto de nosso destino.

A estrada para Apuí ainda estava à frente, cheia de perigos e incertezas, rumores de atentados aos viajantes rondavam, aumento populacional, extração ilegal, insegurança deixaram a viajem cheia de espectativas. Histórias de um carro queimado com os donos dentro,nos deixou atentos. E assim, com a poeira ainda nos olhos e os motores roncando em protesto, continuamos nossa marcha – divididos, mas unidos pelo mesmo espírito e objetivo à aventura. A selva ao nosso redor observava em silêncio, como se testando nossa coragem a cada passo. E nós, determinados a não recuar, avançávamos com a certeza de que, no fim, essa jornada seria tanto sobre o destino quanto sobre a batalha para chegar lá. Rumo Lat.06º13’20” log.57º45’10”

Itaituba

Em um recanto remoto do extremo sudoeste do Pará, onde a floresta Amazônica se entrelaça com o mistério e a vastidão, encontra-se Jacareacanga — uma pequena cidade de tijolos que parece ter sido esculpida à força da natureza, sem grandes pretensões ou glamour. Mas, mesmo nesse local aparentemente tranquilo, o destino reserva surpresas extraordinárias.

Nossa jornada começou quando o crepúsculo tingia o céu com cores avermelhadas. Chegamos em Jacareacanga já tarde da noite, cansados e com um desejo avassalador de uma refeição reconfortante. Encontramos um bar simples, mas vibrante, que lembrava os pontos de encontro das periferias das grandes cidades brasileiras, onde as pessoas se reuniam para relaxar e trocar histórias de vida. Um bom hotel era tudo que precisava-mos.

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No entanto, a verdadeira aventura começou quando saímos de Jacareacanga em direção a Itaituba. A estrada para Itaituba não era uma mera estrada; era um caminho selvagem, uma serpente sinuosa que cortava a imensidão da floresta. A cada quilômetro, enfrentávamos trechos que mais pareciam desafios épicos. O terreno era traiçoeiro, coberto por lodo espesso e raízes imensas, e as chuvas constantes transformavam as pistas em verdadeiras armadilhas.

O comboio, que era um grupo de veículos robustos preparados para a jornada, acabou se dividindo em três partes pela propria dificuldade de cada um. Cada grupo enfrentou sua própria odisséia , sempre adaptando-se às condições imprevisíveis da estrada.

Durante o percurso, a floresta parecia estar viva, com árvores antigas que pareciam sussurrar segredos e sombras que se moviam rapidamente. Em um ponto crítico, uma tempestade tropical desabou com força, transformando o barro em um mar de lama que quase paralisou nosso avanço. Nos momentos mais críticos, tivemos que recorrer a técnicas improvisadas para remover os veículos atolados, utilizando cordas, palmeiras e até mesmo o auxílio dos moradores locais, que conheciam cada curva do caminho como a palma da mão.

Finalmente, após uma jornada extenuante e cheia de percalços, chegamos a Itaituba. Conhecida como “cidade pepita”, intensa as margens do rio Tapajós. Nota, adorei a cidade, pulsante e com um porto incrível com seus barcos incriveis, parecia uma rodoviária de cidades grande, só que a estrada era o grande rio. O mercado foi um presente a mais muitas frutas desconhecidas, as cores, o cheiro das comidas e seus temperos nos brindavam os olhos e paladares, destaque: saimos na tv local. O esforço para chegar até ali foi imenso, e a sensação de realização era palpável, a noite a beira do rio um tigela de tucupi com tacacá e imensos camarões foi a pedida. Passamos o dia seguinte realizando uma manutenção detalhada nos carros, reparando danos, trocando peças e recarregando as energias, em um dos carros encontramos uma espécie de cola no diesel, lá se foram um jogo inteiro de bicos. Cada um de nós tinha histórias para contar e lições para compartilhar, e a sensação de conquista tornou a travessia mais do que uma simples viagem; tornou-se uma verdadeira aventura na selva, marcada por desafios, camaradagem e a beleza inigualável da Amazônia.

Assim, a pequena cidade de Jacareacanga, que parecia ser apenas um ponto de passagem, revelou-se o início de uma jornada épica, e Itaituba, a mais grata e linda cidade que passei.

Desafios em Santarém

Logo pela manhã, sob o céu claro e promissor, partimos de Itaituba em direção a Fordlândia, uma cidade com sua própria aura de mistério e história. A estrada, que prometia ser uma aventura de descoberta e esplendor, começou a se desenrolar com um problema inesperado: um dos jipes sofreu uma avaria crítica no rolamento traseiro. O som de metal contra metal ecoou pela floresta, e a viagem teve que ser interrompida.

A frustração foi instantânea, mas o desânimo não teve chance de se instalar. Descobrimos um morador acolhedor que ofereceu a sua ajuda. Com um gesto generoso e um sorriso acolhedor, ele nos conduziu a um refúgio inesperado — uma árvore frondosa, cujas raízes imensas e galhos espessos formavam um abrigo natural e confortável.

O improvisado acampamento à sombra da árvore se transformou em um cenário encantador para um piquenique. O som da floresta e o aroma do mato fresco criaram um ambiente único, e nós nos acomodamos com a sensação de estar em casa, apesar da situação inusitada. A tequila, que já era parte da nossa bagagem, rapidamente se tornou a estrela do evento, acompanhada por um bom e velho churrasco e um clima de descontração que só a natureza poderia proporcionar.

Enquanto o tempo passava, o calor da tequila e a camaradagem entre nós criaram uma atmosfera de celebração. Rimos das peripécias da viagem, compartilhamos histórias e planejamos os próximos passos, tudo enquanto a paisagem amazônica ao redor parecia sorrir conosco. O morador local, que se tornou nosso anfitrião improvisado, contou histórias fascinantes sobre a região, incluindo lendas e tradições que ligavam a sua vida às árvores e à terra.

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À medida que o sol começava a se pôr, colorindo o céu com tons dourados e avermelhados, a reparação do jipe estava em andamento. A equipe , com ferramentas profissionais e habilidades surpreendentes, trabalhou com dedicação para corrigir o problema do rolamento traseiro. Finalmente recomeçamos nossa jornada rumo a Santarém/Altamira com uma passagem em Belo Monte uma monstro da engenharia e engenhosidade humana e lá o rio Xingú, lindo por sua própria natureza. Estávamos na PA Transuruará, boa parte desse trecho fizemos a noite,a estrada não existia, no caminho vimos de transporte clandestino de madeira a acidentes causados por problema de infraestrutura da PA. A viagem foi cheio de incidentes superados com destreza e habilidade ,tarde da noite chegamos a Uruará, o hotel, o banheiro…. sonhei com o mato na antena da embratel.

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Atravessando o Rio Xingu

Saímos de Uruará ao amanhecer, com o sol se erguendo sobre a densa floresta amazônica e a esperança de alcançar Marabá, uma cidade que prometia ser o próximo marco de nossa jornada. O caminho parecia promissor, mas a estrada em si era um desafio: uma mistura de poeira e lama que refletia o caráter indomável da região.

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Nossa primeira grande etapa foi atravessar o rio Xingu, uma imensa massa d’água que se estendia até onde a vista alcançava. A travessia foi feita de balsa, um barco robusto projetado para enfrentar as correntes poderosas do rio. Enquanto a balsa se movia lentamente através das águas turvas, pudemos apreciar a vastidão do Xingu, cujas águas pareciam engolir o horizonte. A imponência do rio era ao mesmo tempo fascinante e aterrorizante.

Assim que desembarcamos, os problemas começaram a se acumular. O terreno, que parecia simples no início, revelou-se traiçoeiro, com trilhas ocultas e buracos que desafiaram nossos veículos. O grupo enfrentou uma série de avarias mecânicas: primeiros, uma das caminhonetes teve um problema na suspenção, depois outra sofreu um superaquecimento no motor. Cada parada para conserto era uma prova de paciência e engenhosidade.

Com cada quebra e atraso, a moral do grupo começou a despencar. As constantes interrupções e as separações forçadas criaram um ambiente de frustração e cansaço. A sensação de estarmos lutando contra um inimigo invisível — a implacável estrada amazônica — fazia com que a jornada se tornasse cada vez mais extenuante.

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Para agravar a situação, a floresta ao nosso redor parecia intensificar o desafio. As árvores altas e imponentes de antes davam lugar a terra arrasada, causada pelo desmatamento e criavam uma sensação de abandono, e o calor, abafado pela umidade, fazia com que o ar se tornasse quase insuportável. A cada vez que um veículo quebrava, éramos forçados a nos dividir em pequenos grupos, enfrentando o isolamento e a dificuldade de comunicação apesar dos rádios.

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Durante uma dessas paradas, o grupo estava particularmente exausto. A tensão era palpável, e parecia que o espírito de equipe estava se esvaindo. Então, algo surpreendente aconteceu. Um grupo de indígenas, que havia observado nossa luta com curiosidade, se aproximou. Eles eram parte de uma comunidade local e ofereceram assistência com um sorriso acolhedor e uma calma enigmática.

A moral do grupo foi restaurada pela bondade inesperada e pelo sentido renovado de camaradagem. A travessia final para Marabá foi um desafio ainda maior, mas agora enfrentávamos a estrada com uma nova perspectiva e determinação.

Finalmente, ao chegarmos em Marabá, havia um senso de conquista e gratidão que permeava o grupo. Havíamos enfrentado uma série de adversidades, desde a grandiosidade do rio Xingu até os problemas mecânicos incessantes, mas conseguimos superar todos os obstáculos, não apenas pela nossa própria força, mas pela ajuda generosa e o espírito comunitário que encontramos ao longo do caminho. A jornada de Uruará a Marabá se tornou uma história de superação, de desafios e da surpreendente beleza das conexões humanas feitas na selva amazônica.

Rumo a Imperatriz

Após nossa desgastante passagem por Marabá, a divisão do grupo se tornou inevitável devido às constantes quebras e problemas mecânicos. Enquanto alguns decidiram adentrar na selva, eu e minha equipe seguimos para o caminho mais direto de volta para casa. A estrada para Imperatriz, no entanto, prometia ser tudo, menos fácil.

Saímos de Marabá com a esperança de encontrar um caminho mais suave, mas a realidade foi muito diferente. A estrada que se estendia diante de nós era um desafio em si mesma, com trechos que mais pareciam uma série de armadilhas naturais. Buracos profundos e lama traiçoeira pareciam tentar nos deter a cada quilômetro. Em um momento particularmente crítico, fizemos um resgate um carro de um morador local, deslizou e caiu numa ribanceira , obrigando-nos a uma manobra arriscada de resgate. Usamos cordas e troncos de árvores para criar uma passagem improvisada, com a adrenalina correndo a mil por hora enquanto todos davam o melhor de si.

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O calor implacável da floresta e o desgaste dos veículos foram somados ao cansaço acumulado, tornando a jornada ainda mais intensa. A cada parada para , o tempo parecia escorregar entre nossos dedos, e a sensação de exaustão era quase palpável. Finalmente, ao alcançar Imperatriz, houve um alívio coletivo. O hotel que encontrávamos parecia um santuário depois das provações da estrada. A sensação de estar em um ambiente confortável e o café da manhã extravagante foram uma recompensa deliciosa após a dureza da viagem.

No entanto, nossa alegria foi breve. No dia seguinte, partimos para Teresina com a esperança de uma passagem tranquila pela capital piauiense. Mas, novamente, a estrada desafiou nossas expectativas. O terreno, em vez de melhorar, tornou-se ainda mais imprevisível. As estradas agora asfalto, destruíam nosso pneus e estavam em péssimas condições, e logo nos deparamos com a necessidade substitui-los por pneu sem biscoito. Mesmo assim, Pneus furados e falhas no sistema elétrico testaram nossa paciência e resiliência.

Nossa parada em Tianguá, uma pequena cidade na serra grande, virou uma necessidade imperativa. A estada em Tianguá , foi uma boa decisão, depois de horas dirigindo seria um risco descer a serra de Ibiapaba e encarar a BR 222 à aquela hora, mas a cidade ofereceu o que precisávamos: um lugar para descansar . A pousada local, com seu ambiente acolhedor e simplicidade charmosa, foi um refúgio bem-vindo.

Chegada a Fortaleza

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Saímos de Tianguá ao amanhecer, um grupo de sete veículos preparados para enfrentar a estrada desafiadora rumo a Fortaleza. A estrada diante de nós era conhecida por ser imprevisível, mas estávamos determinados a vencer as adversidades e alcançar nosso destino, enfrentamos os últimos trechos da estrada com uma mistura de esperança e cansaço. O horizonte começava a se abrir, sinalizando que estávamos nos aproximando de Fortaleza. A medida que asfalto avançava as paisagens urbanas se tornavam visíveis, o entusiasmo crescia.

Finalmente, após uma jornada repleta de imprevistos e desafios, avistamos Fortaleza ao longe. A visão do mar e da cidade foi como um sonho realizado. Chegamos ao nosso destino, exaustos mas triunfantes. Fortaleza nos recebeu com uma brisa refrescante e o calor acolhedor de sua gente, uma recompensa bem-vinda após a longa travessia.

Cada um de nós desceu dos veículos com um sentimento de conquista e alívio. Havíamos superado não apenas os obstáculos físicos da estrada, mas também os desafios da resistência e da camaradagem. A viagem para Fortaleza, que parecia uma meta distante no início, tornou-se uma história de superação e determinação, um lembrete de que, com coragem e persistência, qualquer jornada pode ser vencida.

Reflexões Finais

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Essa aventura pela Amazônia transcendeu o conceito de uma simples viagem; foi uma verdadeira odisséia de resistência, camaradagem e superação. A selva exuberante e inexplorada serviu como um campo de provas implacável para nossa equipe, testando nossos limites e forçando-nos a enfrentar desafios que só a natureza selvagem poderia oferecer.

Desde o início, a jornada foi marcada por uma série de provações que colocaram à prova nossa determinação e capacidade de trabalhar em equipe. Cada dia trouxe um novo obstáculo — sejam as estradas intransitáveis, os problemas mecânicos inesperados, ou as condições climáticas extremas. O constante atrito com a natureza nos forçou a desenvolver soluções criativas e a manter uma comunicação constante para garantir a segurança e o progresso do grupo.

Através das dificuldades, a camaradagem floresceu. As intermináveis horas de conserto sob a chuva torrencial ou sol escaldante e o esforço coletivo para superar os atoleiros reforçaram a ligação entre nós. Cada membro da equipe, com suas habilidades e coragem, contribuiu para superar os desafios que surgiam. O apoio mútuo foi crucial para manter o moral elevado e garantir que todos permanecessem motivados, apesar das dificuldades.

A beleza selvagem da Amazônia, com sua vegetação densa e paisagens de tirar o fôlego, contrastava fortemente com os desafios que enfrentávamos. As manhãs eram acompanhadas pelo canto exuberante das aves e pela luz filtrada através das copas das árvores, enquanto as noites ofereciam um espetáculo de estrelas e sons da floresta. Cada cena natural se tornava um lembrete poderoso do motivo pelo qual estávamos ali: a busca por aventura e descoberta.

Os momentos mais difíceis — como a travessia do rio Xingu, a luta contra a lama e as tempestades tropicais ou até mesmo a seca — foram seguidos por momentos de pura realização e alegria. A superação de cada obstáculo trouxe um senso de conquista que era tanto pessoal quanto coletivo. Chegar a Fortaleza, após tantas adversidades, não foi apenas um marco geográfico, mas uma vitória sobre todos os desafios que enfrentamos.

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A jornada pela Amazônia será sempre lembrada como um capítulo inesquecível em nossas vidas. A experiência não apenas ampliou nossas perspectivas, mas também nos ensinou sobre a importância da perseverança e do trabalho em equipe. Cada quilômetro percorrido foi uma lição valiosa, e cada desafio enfrentado reforçou a verdade de que, apesar das dificuldades, a aventura e a descoberta tornam a jornada digna de ser vivida. As memórias dessa expedição ficarão gravadas em nossas mentes como um testamento do espírito humano e da beleza indomada da Amazônia.

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