
Desde que comecei a fotografar, uma pergunta nunca saiu da minha cabeça: existe mesmo a foto perfeita?
Cada clique, cada ajuste de lente, cada cena diante de mim parecia uma nova tentativa de capturar algo que, no fundo, talvez nem pudesse ser totalmente capturado: a essência de um momento.
Aprendi cedo que a foto perfeita não é só técnica. Não é apenas encontrar a luz certa ou o enquadramento perfeito — embora esses elementos sejam essenciais. A foto perfeita, como dizem grandes mestres da fotografia como Henri Cartier-Bresson e Sebastião Salgado, é aquela que fala, que respira, que move algo dentro da gente.


Nas fotos que compartilhei hoje, mostro parte dessa busca. Cada imagem capturada não é só um registro. É uma conversa silenciosa entre mim e o mundo. No olhar do fotografado, vemos aquilo que as palavras muitas vezes não sabem contar: A saudade que ainda pesa no peito, a esperança que teima em florescer, a coragem de quem já caminhou por vales e ainda assim aprendeu a olhar o horizonte.— são esses detalhes que me fazem acreditar que a perfeição na fotografia está muito mais ligada ao sentimento do que à perfeição técnica.




Especialistas como Steve McCurry reforçam isso: a perfeição está em encontrar a alma da cena. Ele costuma dizer que “Se você esperar, as pessoas esquecerão a câmera e suas almas sairão à tona.”
E é exatamente isso que busco em cada disparo: capturar a alma, a verdade crua de um instante.
Claro, estudar luz, composição, timing é indispensável — e continuo estudando, testando, errando, acertando. Uso a regra dos terços, procuro boas linhas-guia, analiso o histograma, brinco com velocidades baixas para capturar movimento, congelo instantes com altas velocidades. Mas mesmo com toda técnica, a verdadeira mágica acontece quando me conecto com aquilo que estou fotografando.
Por isso, continuo clicando.
Buscando…


